11 de jan. de 2010

FELIZ 2010 COM DEMOCRACIA PLENA

1. REMOÇÃO PARCIAL NÃO FUNCIONA – Os cariocas apoiam decididamente o Prefeito Eduardo Paes em seu plano para remover as favelas das áreas de risco. É a única solução possível para o grave problema. Mas vale recordar as experiências de remoção efetuadas no passado e verificar o que funcionou e o que foi inócuo. Em resumo, sempre que a favela foi removida totalmente e no terreno por ela ocupado foi realizado um empreendimento imobiliário, criado um espaço de lazer para a população ou implantada uma obra pública, o projeto foi um sucesso. Exemplos: Selva de Pedra e Estádio do Flamengo (no lugar da Praia do Pinto), Parques da Catacumba e do Pasmado, Praça e canteiro da CEDAE no Jardim Oceânico (no lugar de favela na beira do canal, aliás removida pelo então Prefeitinho Eduardo Paes). Em sentido contrário, sempre que foram removidas casas e barracos em situação de risco mas continuaram as favelas onde se situavam, os locais da remoção foram posteriormente reocupados e o problema voltou a ser o mesmo ou até pior. Recebi fotos de um leitor deste blog, mostrando as enormes construções irregulares da Rocinha II. Rocinha II é a extensão da favela que se projeta sobre a encosta do lado da Gávea. Todas as construções que existiam daquele lado foram removidas décadas atrás, mas a Rocinha I permaneceu, constituiu seu poder paralelo e promoveu-se a reocupação, sem qualquer restrição. Remoções parciais não funcionaram e não funcionarão, pois não existe capacidade de fiscalização para as mais de mil favelas que tomaram conta da Cidade Maravilhosa.
2. CUSTO-BENEFÍCIO - As catástrofes que assolam o Brasil e se relacionam diretamente com a ocupação irregular de terras têm cobrado alto de nossa população. É insuportável o preço das mortes, dos danos físicos e psicológicos irreversíveis e da dor de muitas pessoas que vão sofrer pelo resto de suas vidas. O pior é que analisando a questão das catástrofes sob o aspecto meramente econômico, contabilizando as perdas em construções e equipamentos habitacionais, bens imóveis do patrimônio histórico, equipamento público urbano e infraestrutura em geral, fazendo as contas com cuidado, veremos que a política de prevenção seria muito eficaz, pois seu custo é baixo quando comparado aos benefícios (a eliminação das pesadas perdas citadas). A Justiça precisa identificar e julgar os responsáveis pelas ocupações irregulares, onde ocorreram os recentes desastres, pois é único jeito de acabar para sempre com sua atitude irresponsável e criminosa.
3. PROGNÓSTICO PARA 2010 – O engenheiro Harald Hellmuth fez algumas previsões para certos aspectos da nossa vida em 2010 e me enviou. Eis seu texto: “No ano eleitoral o governo desejará muito dinheiro na economia, que já se desenvolvia positivamente sem este "estímulo", somente porque o país tem uma numerosa população contendo grandes contingentes carentes de melhora no padrão de vida. Ainda há muito a investir em infraestrutura física e no sistema educacional. A indústria voltará a investir também. Haverá mais trabalho, mais renda e mais consumo. As cotações do açúcar e do álcool estão se recuperando; haverá efeitos positivos na balança comercial. Além disso, o salário mínimo foi reajustado generosamente. As pessoas, no geral, estarão satisfeitas com a situação - que muitos atribuirão ao Lula. A agitação em torno do petróleo do pré-sal é mesmo supérflua, caso não seja prejudicial e insustentável no longo prazo. Os eventos desportivos programados, sem nenhuma margem de dúvida, beneficiarão a economia, principalmente do Rio de Janeiro. A grande incógnita é a saúde efetiva da democracia. Como a sociedade se livrará da ameaça de uma subversão - com democracia aparente do tipo Chavista - pretendida por alguns "chefões" petistas, o MST, sindicalistas e demais "companheiros"? Estes elementos compõem o verdadeiro governo e se valem do Lula, que não lê nem o que assina, para desviar a atenção de sua trama. Falta uma revolução da percepção de valores. A conscientização de valores produziria a procura por soluções efetivas e o abandono das aparências e da corrupção. Valorizaria o trabalho, a educação e a capacitação, mas sobretudo a percepção de responsabilidades. Então, a sociedade, por via democrática, exigiria a terminação da pobreza, seguindo o modelo de urbanização e industrialização praticado na China autoritária: Passariam a ser construídas, na costa atlântica da região Norte e do Nordeste, concentrações urbanas em torno de indústrias verdes apoiadas por extensos projetos de reflorestamento. Salvar-se-iam os biomas da Amazônia, do Cerrado e da Caatinga. Num prazo de dez a quinze anos o Brasil poderia se tornar um sumidouro de gases causadores do efeito estufa. Não é por falta de recursos econômicos, tecnológicos e humanos que tais possibilidades não são abraçadas.” HARALD HELLMUTH
4. TRABALHADOR PERDE DINHEIRO - O Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) teve receitas de R$ 35 bilhões mas gastou quase R$ 37 bilhões em 2009. O rombo de R$ 2 bilhões, ocorreu pela primeira vez e causa preocupação pelo prejuízo aos trabalhadores brasileiros. Pior é que muitas dessas despesas do FAT são dirigidas para programas e projetos muito discutíveis como a qualificação profissional, ministrada em cursos curtos, de péssima qualidade, assim como as pesquisas de desemprego realizadas pelo DIEESE (em algumas Capitais) que contêm erros conceituais graves e já deveriam ter sido descontinuadas há muitos anos.
5. HONDURAS – A propósito, os políticos brasileiros estão viciados em fornecer a seus potenciais eleitores “sem-teto” o chamado “kit favela”, para sua periclitante instalação em áreas de risco. Geralmente, angariam entre 4 e 6 votos por cada (o cacófato é proposital) transação desse tipo. Claro que quando ”a casa cai” a culpa é das intempéries, o político não é responsabilizado como deveria ser praxe da Justiça brasileira e tem ficado tudo por isso mesmo. Internacionalizando esse tipo de ação, o Governo Lula forneceu “convite” velado, tão ou mais perigoso, ao “sem-faixa” Zelaya, para que se aboletasse em nossa embaixada em Tegucigalpa. A pequena mas aguerrida Nação (a maiúscula é proposital) resistiu à pressão do imperialismo-nanico bolivariano, realizou eleições livres dentro dos princípios constitucionais lá vigentes e escolheu seu legítimo Presidente. Agora, resta-nos esperar a remoção, de nossa embaixada, daquele tremendo “barraco” ambulante e sua espalhafatosa “laje” (aquele discreto chapelão...) E que sejam apontados os responsáveis por essa gafe diplomática gigantesca a que submeteram nosso País... Em tempo, creio que Chávez deveria contratar o “competentíssimo” Zelaya como seu consultor para resolver as tremendas crises que se avizinham da Venezuela desgovernada...

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