1. DECEPÇÃO - O PIB brasileiro do 3º. trimestre de 2009 foi decepcionante, muito abaixo do que apregoavam as autoridades do Governo. Teria sido melhor se, em vez de usar a retórica do palavrão, Lula tivesse investido em Saneamento Básico, para tirar o povão da vala negra e ainda aumentar o nosso magro PIB. Mas não ! O dinheiro vai todo para despesas correntes, para pagar milhares de petistas e sindicalistas, parasitas que sobrevivem nas tetas do Governo, além de servir para subsidiar o MST. Este sim... teve sucesso e prejudicou bastante o agronegócio: o PIB de nossa Agricultura caiu 2,9% no trimestre. Com esse resultado, o Brasil ficará mais pobre em 2009, pois o PIB pode cair cerca de 0,4%. E o povo brasileiro terá sua renda per capita reduzida em mais de 1,5%. Êta “marolinha” cara ! E o Governo...Bem, vai dizer que 2010 será um ano maravilhoso!
2. LIXÔMETRO E LUXÔMETRO – Criativa e elogiável a ideia do Prefeito Eduardo Paes, encarregando a COMLURB de medir, comparativamente, a sujeira que os cariocas depositam em seus bairros, para depois premiar, com obras, os locais que mais economizarem com a diminuição de seu lixo. Péssima, porém, a poda de árvores que a mesma COMLURB está fazendo no Jardim Oceânico nos últimos dias, exatamente quando há muitos ninhos com filhotes, sacrificados pela incompetência da Prefeitura. Isso, quando o mundo está discutindo a sobrevivência no planeta. Afinal, se legislação brasileira protege a fauna silvestre, pode um órgão público matar impunemente toda uma geração de pássaros ? Pior que isso só essa ameaça de cobrar mais pela nossa pobre iluminação, usando argumentos que aprendeu com seu sucessor, mestre da meia-verdade, já agora ambos exploradores do desconhecimento do povo acerca dos meandros da legislação financeira em vigor. Responsabilidade fiscal ? Apague os lampiões acesos durante o dia, Prefeito, ou vamos instalar o seu LUXÔMETRO e cobrar-lhe o desperdício!
3. LAMARTINE - A Universidade Gama Filho, juntamente com a Universidade do Esporte de Beijing e com o apoio do Comitê Olímpico Internacional, está lançando (em 17/12) o livro “Olympic Studies Reader”, coordenado pelos professores Lamartine Pereira da Costa e Ren Hai, contendo uma valiosa contribuição de 86 especialistas de cinco continentes ao campo dos Estudos Olímpicos. Lamartine trabalhou comigo no IPEA, onde elaborou o Primeiro Diagnóstico de Educação Física e Desportos no Brasil e depois no MOBRAL, sendo o responsável pela estruturação administrativa da instituição e sua capilaridade nacional. O MOBRAL, é bom lembrar, foi a primeira organização brasileira a ter presença em todos os Municípios brasileiros.
4. PAUL SAMUELSON – Aprendi desde cedo que quem domina um assunto é capaz de escrever sobre ele com clareza, mas quem apenas finge saber...bem...escreve difícil, incompreensível. Samuelson escreveu um livro cristalino sobre “Economia: Uma Análise Introdutória” que toda minha geração que queria aprender a matéria leu com prazer. Seu Prêmio NOBEL de Economia foi merecidíssimo.
5. O CUSTO DAS FAVELAS – Rua Djalma Ulrich. Bem em frente, na praia, ficava o campo do Huracan, o segundo time pelo qual joguei futebol em Copacabana. Formado principalmente pela garotada que morava no Edifício Andraus (na Avenida Nossa Senhora de Copacabana) e na própria Djalma Ulrich, rua chique, que tinha um edifício outrora muito bonito e valorizado, que encantava pelo aspecto austero e pela área externa ampla. A última chuva atolou-o com uma incrível montanha de lixo que caiu da Favela Pavão-Pavãozinho e alcançou o leito da rua e suas calçadas. Desvalorizou ainda mais os imóveis da área. O evento caracteriza bem a metástase urbana causada pelas favelas cariocas. As autoridades fluminenses - e especialmente as cariocas - deveriam repensar a realidade da favelização e mirar-se em sua evolução histórica. Poderiam surpreender-se e concluir que a política de remoção de favelas do Governador Carlos Lacerda estava certíssima. Quanto mais o tempo passa, mais fica evidente a justeza do raciocínio que embasava a ação daquele Governador. A favela, mesmo pequena, já é um fator de imediata desvalorização de todas as propriedades das vizinhanças. Em seu território não há arrecadação, as tarifas são sonegadas e vão recair injustamente sobre os demais habitantes da cidade que são bons pagadores. A partir de certo tamanho, a favela vira um território em que o Estado perde toda sua autoridade para meliantes e criminosos de todos os matizes. Claro que lá moram muitas pessoas de bem, mas elas não controlam a situação, exatamente por serem pessoas de bem. Os bandidos imperam, mandam e desmandam, são “senhores de cutelo e baraço”, assediam e transviam jovens, ditam as leis para o comércio legal das redondezas e promovem o comércio mafioso e ilícito. Quem reagir, morre. Tudo isso tem um custo elevadíssimo. Por outro lado, alguém deveria analisar o impacto econômico positivo da remoção, por Lacerda, da Favela da Catacumba, na Lagoa ou da Praia do Pinto, no Leblon, que acarretaram: valorização dos terrenos onde era a favela; valorização dos imóveis nas suas vizinhanças; impacto dos investimentos atraídos para o local em termos de emprego e renda; aumento da arrecadação tributária por força dos fatores citados; redução das taxas de criminalidade, mortalidade, morbidade e consequentemente das despesas com segurança, saúde e saneamento na área de influência da favela. Pode-se até ir mais longe, porque tais remoções recuperaram para a Cidade um trecho belíssimo do Rio de Janeiro, com grande impacto no turismo, pois a circulação em volta da Lagoa Rodrigo de Freitas não seria possível sem a ação mencionada. Assim como as instalações dos esportes olímpicos do Flamengo não estariam lá. Hoje, estão perdidos para as favelas e mais a constelação de problemas que elas acarretam, locais outrora maravilhosos do Rio: o Alto da Boavista e seu parque; Grajau, Tijuca e suas florestas; os rios e lagoas do Recreio dos Bandeirantes, Vargem Grande, Vargem Pequena e o entorno das Lagoas da Barra da Tijuca; partes importantes de Ipanema, Copacabana e Leme, e muitos outros espaços de beleza natural invulgar, inclusive áreas de preservação ambiental. Isso não tem preço !
14 de dez. de 2009
BRASIL MAIS POBRE, FAVELAS MAIS CARAS
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Amigos: Lux é a unidade de iluminamento. Corresponde a 1 Lúmen por metro quadrado. Lúmen é a unidade de fluxo luminoso. Daí em diante complica e é bom parar. Bem, o que eu quis foi mostrar que nosso Prefeito, antes de cobrar-nos a iluminação pública, precisa acabar com o desperdício dos lampiões acesos de dia. Deveríamos ter um medidor desse gasto, também...Arlindo
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