1. Praia de Ipanema, Montenegro, férias no início de 1953. A garotada ficava horas nadando ou “pegando jacaré” (o avô do surfe) e ao sair da água deitava de bruços, puxava a areia quentinha para aquecer o peito gelado e assistia à partida de voleibol. Naquele dia faltava jogador... Corrente (Hélio Cerqueira) – então técnico do voleibol feminino do Fluminense - era um dos parceiros impacientes e perguntou ao garoto deitado ao lado da quadra se podia ficar temporariamente como levantador.
2. Depois de um “set” bem jogado, foi tudo muito rápido. Na hora, recebi um convite para jogar no Fluminense e no domingo seguinte, levado pelo técnico do voleibol masculino do clube, Paulo Azeredo, fiz o primeiro treino entre os juvenis. Comecei como levantador, reserva do Ronaldo Ferreira Gomes e do Paulo Alberto Monteiro de Barros. Nas férias seguintes cresci muito e virei cortador. Foram 20 anos jogando oficialmente pelo Fluminense, muitos campeonatos ganhos, até alcançar a honra máxima de defender a Seleção Principal Brasileira de Voleibol e ganhar medalha de prata nos Jogos Panamericanos de Chicago em 1959. Curioso que o esporte de que eu gostava mesmo era o futebol e tudo ocorreu por acaso, aleatoriamente, por estar em um certo lugar, em determinado momento e por pertencer à classe média - pois éramos amadores e nossas famílias arcavam com o ônus da prática desportiva.
3. Hoje, no voleibol, é tudo diferente e começa muito mais cedo e não aos 15 anos de idade como no meu caso. Houve uma fase intermediária antes do profissionalismo, em que uns poucos técnicos abnegados, como o querido Benedito Silva, corriam quadras e praias, incansáveis, à busca de talentos. Bené levou famílias inteiras para o voleibol do Fluminense – como os Barata e os Gabino, por exemplo – e revelou muitos craques. Foi tão bem sucedido que na Seleção Brasileira da “geração de prata”, em certo momento, havia quatro jogadores descobertos por ele: Bernard, Bernardinho (o técnico imbatível), Fernandão e Badalhoca. Mas era tudo muito artesanal.
4. Agora, prevalece a massificação planejada e estruturada pela Confederação Brasileira de Voleibol, com muita mídia, escolinhas, “peneiras”, bons salários e excelentes Comissões Técnicas. Há jogadores de todas as classes sociais e o Brasil tornou-se uma potência voleibolista mundial. Os feitos de Carlos Arthur Nuzman e Ary Graça são impressionantes.
5. Por outras razões, as conquistas brasileiras na descoberta e formação de jogadores de futebol são mais antigas e espetaculares. Nosso País é a maior potência nesse esporte há décadas. Neste caso , por força de cem anos de profissionalismo, da paixão popular generalizada pelo futebol e de um empenho coletivo que começa na base, nas “peladas” da criançada, segue nas escolinhas comunitárias, passa pelas várzeas e vai desembocar nos principais clubes do Brasil, para afinal ganhar o mundo todo. No início, a família pobre do garoto promissor ganha uma cesta básica do “olheiro” local. Depois o “dono” do time da comunidade passa a dar-lhes algum dinheiro, já de olho no “contrato de gaveta” que vai assegurar seus “direitos de formação” sobre os ganhos do futuro craque. Aí entra o empresário e o processo se acelera. A globalização chegou cedo ao futebol no Brasil. A demanda pelos nossos jogadores é planetária e a remuneração compensadora.
6. Nos demais segmentos do mercado de trabalho não existe nada disso. Nem mesmo nas funções estratégicas, monopólio da classe média. As vocações vão surgindo e se colocando aleatoriamente, sem planejamento, estímulos ou incentivos da sociedade e das autoridades constituídas. Como no voleibol da minha adolescência. Uma lástima !
7. C laro que o Brasil seria outro País se para todos os setores da vida nacional procurássemos talentos como no voleibol – pelo planejamento - ou como no futebol – pela convergência da vontade coletiva. Mas a condição sine qua non para isso acontecer seria pela universalização de uma educação de qualidade ! Não se reconhece e revela talentos em uma escola deficiente, com gestão displicente e professores desmotivados.
8. O futebol, com toda razão, é visto pelas famílias mais pobres de nosso País como um dos poucos canais promissores de ascenção social no Brasil – talvez o único. E estão certíssimas! Não será com uma educação pública tão fraca como a nossa, de qualidade em certos casos até vergonhosa, que as crianças e adolescentes pobres construirão para si um futuro promissor. Só por exceção, para justificar a triste regra. Para as famílias brasileiras, em geral, a educação não é relevante, não é o caminho para o sucesso. Estão certíssimas !
9. O Brasil será potência mundial, plenamente desenvolvida e com um povo feliz, com boa qualidade de vida, quando todos os segmentos empresariais e governamentais estiverem mobilizados para descobrir precocemente os futuros grandes cientistas, profissionais, tecnólogos e professores – os agentes promotores do progresso humano e material.
10. Sem a busca incessante do talento, do seu aproveitamento pleno e do reconhecimento do mérito, obedecendo às forças do mercado, seremos sempre o “País do Futuro”.
11. Osmarina Silva era uma jovem acreana analfabeta que frequentava a classe do MOBRAL. Após três meses de curso, sua alfabetizadora – seguindo a orientação do treinamento recebido e percebendo o talento daquela aluna – encaminhou-a imediatamente para o Curso de Educação Integrada (um primário compactado), embora a alfabetização durasse 5 meses. Talvez por esse estímulo, a moça galgou rapidamente a escala educacional e hoje é a Senadora Marina Silva, do PT do Acre, ex-Ministra do Meio Ambiente. Aquela modesta alfabetizadora mudou seu destino, graças à sua perspicácia e ao treinamento recebido no MOBRAL – o primeiro sistema de educação continuada implantado no Brasil, assim que esse conceito surgiu e se firmou no plano internacional.
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Arlindo perfeito seu artigo sobre/esporte - inserção social.
ResponderExcluirEscrevia ,eu,uma matéria dirigida para este blog exatamente centrada neste assunto.
Lutei no Município refletindo a experiência de nossa época de Mello e Souza dos jogos intercolegiais.
Terminando minha escrita- envio
Thereza Bulhões
Modestas professorinhas continuam a clamar por oferecer oportunidades para milhões de brasileirinhos, basta que se lhes de ferramentas adequadas ao cumprimento de sua missão educadora, o que fez o Mobral. Pena que não estava disponível para transmitir-lhe os rudimentos do voleibol e, consequentemente, à senadora. Perdoe-me a alusão, mas o fato continua ocorrendo hoje, aqui no Rio, diante de nossos olhos. Perguntem a qualquer mulher como foi sua experiência na escola, o que estão fazendo atualmente com suas filhas em matéria de ensino de qualquer esporte? Lembrando, ainda, que o voleibol é evitado por ser considerado nas nossas escolas de Ed. Física como o “mais difícil de ser ensinado”. Como estamos atrasados neste mister!
ResponderExcluirNum país-continental, com os recursos da internet, não entendo porque o MEC não faz alguma coisa pelo esporte escolar. O esporte, como veículo de educação, deve e pode ser praticado a partir das escolas, independentemente de conhecimentos anteriores de quem os ministra. É voz corrente entre treinadores coroados que “o treinador tem que ser do ramo” (ouvido em curso da CBV), uma empáfia lastimável. Qualquer pessoa pode ensinar um esporte e o caso do Bené é uma prova. Ele não tinha qualquer estudo e foi o mais eficiente de todos, inclusive maior do que aqueles que se dizem entendidos. A grande diferença hoje é que de minha residência posso acessar qualquer parte do mundo, o mais recôndito vilarejo no interior da região amazônica e produzir matéria para o ensino eficaz de qualquer esporte. Estou me insinuando, p.ex., com os portugueses, conhecendo-lhes a realidade e já tecendo comentários. Se não acreditam, aguardem um pouco mais e verão o site que estou editando. Mais uma vez, infelizmente torno-me pioneiro neste país, que, movido por muitos interesses, deixa de lado o mais importante: a educação de suas crianças. Experiências neste sentido talvez ninguém tenha, inclusive nas investidas que realizei no Fluminense, informando ao Bené como poderia acrescentar conteúdo aos seus treinos infantis e mirins. Ficou maravilhado!
Depois foi a vez do Bernardinho encomendar-me material e subsídio pedagógico para implantação do minivôlei no Centro Rexona e escolas públicas do Paraná.
Como sensibilizar os segmentos de que fala para descobrir qualquer coisa no Brasil?
Como valorizar a professorinha? Para que? Creio que nossos agentes promotores do progresso humano e material dormem em berço esplêndido nas capitais, com suas mordomias e outras “cositas mais”. Se esperarmos que o governo faça algo já estaremos todos mortos.
Roberto Pimentel
Grato pelos comentários, muito interessantes. A menção ao Colégio Mello e Souza é ilustrativa por tratar-se de escola de alto nível de qualidade, o que a tornava uma fábrica de talentos, inclusive no esporte. Situado em estreito terreno em forma de L, com frentes para a Av. N.S. de Copacabana e a Rua Xavier da Silveira, com uma quadra de cimento na sua única área vaga, o Mello e Souza descobriu grandes craques do voleibol e basquete. Citando apenas os do voleibol, lembro os que chegaram à Seleção Brasileira, como John O`Shea, Antonio Vaghi, Nuzman, Vitor Barcelos, Feitosa, João Cláudio e outros que foram ótimos jogadores federados, como os irmãos Cláudio e Ronaldo Coutinho, Agnelo, Machado, Bacuri, Pato etc. O comentário de Roberto Pimentel é perfeito: se o Brasil tivesse uma educação de qualidade, seria na escola que a maioria dos talentos, em todos os setores, seriam descobertos e desabrochariam. Inclusive no esporte e na área cultural, economizando assim os pesados investimentos setoriais realizados com essa finalidade. Arlindo Lopes Corrêa
ResponderExcluirEnfatizando a necessidade de ensino de qualidade nas escolas, lembro que em 1962 fui convidado a treinar uma equipe feminina no Colégio Nª Sª das Mercês – um pequeno colégio de freiras somente para meninas –, em Niterói, que disputaria o campeonato estudantil organizado pela Prefeitura. Foram vencedoras e, no ano seguinte, o Clube de Regatas Icaraí constituiu sua equipe juvenil para a disputa do campeonato carioca tendo como base aquela equipe acrescida de algumas alunas de outros educandários. O clube foi campeão, bicampeão no ano seguinte (1964) e, em 65, teve três atletas convocadas para a seleção brasileira. Os treinos eram em quadra de cimento, não havia ginásio, quase tudo improvisado e “sem dinheiro”. Imagino que fomos enriquecidos e abençoados de uma forma que os contemporâneos ainda não descobriram e alguns se esforçam por se esquecer. “Há olhos de ver e olhos de enxergar”, já dizia o Padre António Vieira.
ResponderExcluirRoberto Pimentel
Roberto: só por curiosidade histórica...Saí do Mello e Souza em 1955 e passei para a Escola Nacional de Engenharia. Mas eu havia sido campeão dos Jogos Colegiais e a D. Isa, Diretora do Mello e Souza, que me adorava,pediu-me que fosse o técnico do time do Colégio nos Jogos de 1956. Não tenho o mínimo jeito para técnico, mas topei, por causa da equipe: Feitosa, Vitor Barcelos, Nuzman, Bacuri, Machado, Agnelo, Lincoln, Cláudio Coutinho, enfim, uma verdadeira Seleção. O Mello foi campeão apesar do péssimo técnico que eu era...Abraços. Arlindo
ResponderExcluirCom dinheiro é mole! Senti uma ponta de provocação no meu amigo Arlindo e não me furto a comentar a respeito, como num bate-papo e um chopp. Aproveitemos as histórias que nos são repassadas para nos situarmos no tempo. E, se possível, construir um futuro melhor para as novas gerações.
ResponderExcluirA escola que freqüentou, com certeza, inclusive pelos personagens citados, era de classe alta. A Dona Isa (não seria “tia Isa”?) ao colocá-lo como técnico do time do colégio, caracterizou uma situação da Educação Física no País, a falta de profissionais em setores especializados. De alguma forma, isto perdura até hoje, pois até o CREF ajuda neste sentido provisionando ex-atletas. Um dos melhores educandários da época, o São Vicente, tinha monitores (sargentos) formados na Escola de Ed. Física do Exército, que prestavam aulas de calistenia uma vez por semana. A Escola Nacional de Educação Física (depois UFRJ), surgida logo depois, ainda capengava em matéria de ensino e se municiava de ex-atletas para integrar seus quadros. Quero crer que a melhor escola de voleibol era a praia, onde somente os privilegiados se refestelavam, os “ratos de praia”, carinhosamente assim chamados pela sua assiduidade e malandragem nos jogos de vôlei na praia. Ali aprenderam realmente a jogar. Então, não confundir os personagens, seus ambientes, suas circunstâncias e o tempo em que existiram. Além disso, alguns deles foram beneficiados por sua amizade e interesse com determinado técnico. O ambiente que tínhamos em Niterói era provinciano e bem diferente. Todos nós sabemos disso e por isso muitos diziam que “Niterói era um celeiro de craques de voleibol”.
Roberto Pimentel.
Arlindo
ResponderExcluirSeu texto está perfeito, fundamentado em sua larga experiência na área, apresenta ideias excelentes fato que torna a leitura agradável e instigante.
Realmente, como vc bem disse a captação e a seleção de talentos são atividades complexas que devem ser realizadas por indivíduos bem preparados, seja formal ou informalmente, a fim de que a busca dessas pessoas talentosas, diferenciadas e capazes de agregar valores possa ser efetivada com o devido êxito.
A referência ao "nosso" Mello e Souza sempre nos emociona.
Parabéns e continue a nos brindar com seus primorosos relatos.
Um abraço,
Ronaldo
Arlindo
ResponderExcluirEsporte e inserção social... para TODOS
Pela excelente descrição com que nos brindou percebo que um diagnóstico concreto conduziria as ações para aspectos menos competitivos – onde o tom não deveria ser a a busca dos talentosos, mas a QUALIDADE do ensino na própria escola e a inserção social dos alunos. E esta qualidade deverá passar sempre pelo atendimento a TODOS, e não somente aos selecionáveis. Este é o principal erro do modelo a que estamos acostumados e que copiamos ano após ano. E ainda proclamamos que o “esporte educa...”
Certa feita estive com uma diretora de escola particular famosa em Niterói e conversamos sobre este assunto. Ela dizia que o educandário estava ótimo no quesito Educação Física, pois as equipes femininas eram participantes e vencedoras em campeonatos cariocas. Congratulei-me com a escola por ter duas equipes de destaque (24 atletas) e indaguei-lhe a respeito dos 376 alunos restantes, objeto de meu interesse. Calou-se!
Enquanto isto, num outro colégio também de Niterói, estão disponibilizadas no pátio 13 miniquadras há mais de 25 anos. Os próprios alunos organizam os seus torneios sem interferência de qualquer professor. Cada turma (ciclo) tem a sua organização. Ao longo destes anos, quando o aluno opta por atuar na equipe do colégio, faz a alegria do professor responsável, pois já sabe jogar e tem uma experiência de vários anos. Dali surgiu, por acaso, um campeão mundial infanto-juvenil, o Leonardo. Este fato passou despercebido para os docentes, uma vez que a orientação sempre foi que o aluno fizesse a sua própria escolha e atuasse (fora da aula de EF) por sua vontade. E como jogam...!
Roberto Pimentel.
Caro Roberto: no fim estamos todos de acordo. O objetivo principal deste texto do blog era uma exortação a que o Brasil dedicasse, à busca de talentos em geral, o mesmo esforço que dedica hoje à cata de atletas em algumas modalidades esportivas. E deixasse de lado a aleatoriedade, o acaso, que era o que ocorria com o voleibol no meu tempo. Apresentei como solução definitiva e universal que o Brasil construísse um sistema educacional de alta qualidade pois nesse canal, por onde passa obrigatoriamente toda população, trabalhando sobre TODOS, os mais variados talentos surgiriam naturalmente. Portanto, o foco para mim é a Educação para TODOS e o sucesso individual é uma consequência. O Mello e Souza apareceu porque era uma escola de qualidade total. Em 1952, eu e mais 9 colegas de turma, tiramos primeiro lugar no Concurso da Independência promovido pelo O GLOBO sobre Geografia e História e aberto a todas as escolas do Estado do Rio de Janeiro. Nosso prêmio foi uma viagem à Bahia. Nenhum de nós virou historiador ou geógrafo, descoberto naquele Concurso, mas isso mostra que naquele estabelecimento se cultivava a qualidade da Educação ministrada e é isso que precisamos no Brasil. O Ronaldo Coutinho era dessa mesma turma e talvez se lembre dessa vitória inesquecível. Mas o que você preconiza nós também queremos: (E2PT). ou seja, Educação e Esporte para Todos ! Abraços. Arlindo
ResponderExcluirDr. Alindo, mais uma vez estou aqui, é que cada vez que leio uma coisa sua eu fico muito empolgado, no caso agora é u voleibol, pois fui o melhor atleta de todos os tempos em minha cidade,pois tinha acabado de chegar do Exercito onde disputei olipiadas, basta lhe dizer que fui penta campeão no time do meu colegio, acho até que já nasci sabendo jogar voleibol(risos). Quando começei no Mobral de minha cidade, passei por varios cargos, encarregado de apoio(ERAP)e era quem dinamizava a campanha esporte para todos junto com o cargo de ECULT. Aproveitando o cargo que tinha no esporte implantei os jogos intercolegiais, somente com duas modalidads de esporte, volei e futebol de salão. Cinco anos depois juntamente com o SA Nataniel, Realizamos a primeira olipiada de nossa cidade, a maior festa da juventude de todos os tempos. Só que desta vez não me aceitaram como atleta, fui ser tecnico do meu colegio e fomos campeão olimpico.Meu caro Dr. Arlindo, estou lhe contando isto não é para acentuar vantagens, mais para que todos saibam, seja quem for, se dessem a oportunidade que o Mobral deu através do senhor e toda sua equipe, tenho plena certeza, que da criança a terceira idade, as coisas estavam bem diferente. Dr. Arlindo. desculpe qualquer falha, é que quando escrevo para o senhor fico todo nervoso. Outra coisa, não sei se o senhor já escrveu sobre todos os programs do Mobral, do contrario, escreva por favor, para mostrar para aqules que falam do Mobral,que pense um pouco antes de qualquer comentario. Um grande Abraço, Trabulsi.
ResponderExcluirObrigado Trabulsi, pois com seus relatos os leitores vão sabendo um pouco mais do que o MOBRAL fez pelo Brasil afora. Continue escrevendo pois faz bem a todos os que foram do MOBRAL. E é bom também porque o Roberto Pimentel fica sabendo que não sou um elitista do esporte e botei o Esporte Para Todos no Brasil durante os primeiros anos...Arlindo
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