1. ANALFABETOS EM ALTA - A divulgação da PNAD-2008 trouxe más notícias para a educação brasileira. O analfabetismo entre nas faixas de 15 e mais anos de idade passou de 10,1% em 2007 para 10,0% em 2008 – uma queda percentual insignificante. Como a população aumentou, cresceu o número de analfabetos no Brasil: de 14.136.000 em 2007 para 14.247.000 iletrados em 2008! Segundo o IPEA (Ricardo Paes de Barros, em entrevista na GLOBONEWS) o Brasil gasta entre R$ 300 milhões e R$ 400 milhões por ano com programas de alfabetização de adultos. Fazendo as contas, relacionando gastos efetuados e pessoas alfabetizadas, o resultado é um libelo contra o desperdício do dinheiro do contribuinte brasileiro. O MEC mantém, desde 2003, o Programa Brasil Alfabetizado (PBA), voltado para a alfabetização de jovens, adultos e idosos, dando apoio técnico aos municípios participantes na implementação das respectivas ações. Mas sua efetividade está sendo questionada, pois apesar de ter gasto R$ 2 bilhões nestes seis anos de funcionamento os resultados são pífios.
2. RIO 2016 - Como carioca e desportista, sou membro-nato da torcida em favor do Rio de Janeiro para sediar as Olimpíadas de 2016. A bem da verdade, devo declarar que minha adesão a essa causa é totalmente emocional.. Claro que eu sei que o Rio de Janeiro de hoje não estaria – nem de longe – preparado para evento de tal magnitude, mas tenho que ser otimista e achar que podemos mudar essa triste realidade de falta de segurança, trânsito caótico, desordem urbana e favelização. E crer que a preparação para as Olimpíadas será um pretexto maravilhoso para iniciar esse processo de recuperação da outrora Cidade Maravilhosa. Desde criança trilhei os caminhos do esporte com grande dedicação. Aos 7 anos de idade, pela primeira vez, usei uma camisa de time em uma partida de futebol. Modesta, jogada em um campo construído por nós, garotos, em um terreno vazio na esquina das ruas Alberto de Campos e Montenegro (hoje Vinicius de Moraes). Depois, atuei nas areias da Lagoa Rodrigo de Freitas e das praias de Ipanema e Copacabana. Finalmente, tornei-me jogador de voleibol e saí mundo afora. Mas minha cidade foi sempre o meu centro de referência. E é por causa dessa história pessoal que fico torcendo pelo Rio. Sei que as promessas não cumpridas, por ocasião dos Jogos Pan-Americanos, nos desiludiram a todos. Lembro de eu mesmo ter visto o ex-Prefeito prometer, ao vivo e a cores, que construiria duas linhas de Metrô e mais o VLT - Veículo Leve sobre Trilhos (ou seria leviano ?). Quando me dizem que o Rio não ganhará nada com as Olimpíadas, costumo retrucar: e o que vamos ganhar se os Jogos forem em Chicago, Madrid ou Tóquio ? Ver as Olimpíadas na minha Cidade seria o ápice de meu amor pelo Rio e pelo esporte. Sexta-feira, dia 2 de outubro, estarei totalmente concentrado na decisão de Copenhagen.
3. MICO COM BANANA DE DINAMITE NA MÃO - Temo que “o mico de Tegucigalpa” venha a nos prejudicar no julgamento no Comitê Olímpico Internacional. A covardia contra a pequena Honduras é odiosa e atrairá grandes antipatias para nosso País, admirado por ser tradicionalmente pacífico. Qualquer que seja seu desfecho, sairemos mal do episódio – tanto sob o aspecto político como do ponto de vista humano. E o pior: o beneficiário talvez seja um dos responsáveis por essa enrascada – Obama, advogado da candidatura de Chicago e que tercerizou o exercício da prepotência sobre a pequenina nação para “o País do cara”. Segundo o Wall Street Journal, a omissão de Obama e a ação de Chavez (levando Zelaya para nossa embaixada, agora transformada em seu escritório revolucionário) nos empurraram para esse “beco sem saída”. Estamos mais do que “embananados” no tolo exercício desse imperialismo de “Banana Republic” !
4. CÃES ENTENDEM A LINGUAGEM DO CORPO HUMANO - Pena que nossos maravilhosos cães – que eu amo desde sempre - não falem, o que não os impede de mostrar sua incrível inteligência, mas dificulta que nos aproveitemos dela plenamente. Dois estudos muito interessantes sobre o tema acabam de ser divulgados:
· o do antropólogo evolucionista da Duke University, Brian Hare, publicado na Time Magazine, prova que graças à coabitação, ao longo do tempo, a inteligência social dos cães se aproxima da nossa, na capacidade de observar os humanos, entender nossos gestos e até repetir os erros que cometemos. Chimpanzés, embora tenham mais similaridades genéticas com nossa espécie, não conseguem igualar sua performance.
· o de Alexandra Horowitz, especialista em ciências cognitivas, que procura mostrar como é ser um cão – o mais atento observador das nossas reações, de modo a ter indicações do que queremos dele e nos servir... Através da Biologia canina, o estudo explica sua invejável capacidade de capturar as variações de luz com grande velocidade, discriminando mais imagens e dessa forma reagindo com precisão às mais sutis variações da mímica facial humana. Horowitz alerta os adestradores que os cães não precisam de ordens peremptórias nem punições porque assim como o lobo, seu ancestral, aprendem com o exemplo.
5. DARWIN EXPLICA TUDO – O cão foi domesticado há 11.000 ou 14.000 anos, no sul da China, para servir de alimento ao Homem. Foi certamente para escapar do abate que o cão primitivo explicitou, ao algoz, sua invejável capacidade de aprender, de modo a mostrar-lhe que sua utilidade como companheiro obediente excedia em muito suas qualidades como alimento. A Teoria da Evolução, de Darwin, explica o resto. Os exemplares que sobreviveram graças a essas vantagens comparativas reproduziram-se mais e geraram descendentes com essas mesmas características positivas. Foi assim que o cão, com muita justiça, conquistou um novo status e um lugar à mesa (e não mais na mesa) do Homem. E tornou-se nosso fiel e amado companheiro de todas as horas, em todas situações e a qualquer preço.
6. JOGO SUJO – A revista americana New Yorker acaba de publicar uma reportagem sobre as gangues do Rio, pretendendo desqualificar-nos para sediar as Olimpíadas. Esqueceu, porém, de mencionar que em 1959, nos Jogos Pan-Americanos de Chicago, o remador brasileiro Ronaldo Arantes apareceu morto em um parque, assassinado a tiros durante a competição e o crime até hoje não foi esclarecido pela polícia de Chicago. Eu estava lá, minha gente...
29 de set. de 2009
23 de set. de 2009
Conhecimento, Educação, UNESCO, F1 e Drogas
1. A luta vitoriosa pela vida do adolescente do interior pernambucano, acometido de raiva humana – doença tida como incurável - encerra várias lições, a mais importante delas sendo o valor incomensurável da geração e difusão do conhecimento. Usando o Protocolo de Milwaukee (USA) para o tratamento, os jovens profissionais brasileiros da área de saúde, competentes e dedicados, lograram esse feito notável, mesmo com os recursos limitados de um modesto hospital público de Recife. Conhecimento, o mais importante fator de desenvolvimento e melhoria da qualidade de vida no século XXI. Alguém ainda duvida ? Parece...
2. A receita para chegar lá começa com um sistema público de ensino fundamental de qualidade para toda população. Massificar a busca e o aproveitamento de talentos em todas as classes sociais, esse é o objetivo a perseguir. E isso o Brasil nem de longe faz. Nossa realidade é um sistema público que universalizou um ensino fundamental de quinta categoria, excluindo desde cedo pobres e remediados que o frequentam e destinando-os a um futuro medíocre com muita bolsa-família ou cotas enganadoras em Universidades que aqliás se deteriorarão a médio prazo. Quantos talentos o Brasil perde por essa odiosa discriminação !
3. Em texto deste blog intitulado “Brasil Não Sabe Votar”, postado em 26/05/2009, mencionei o apoio equivocado do Brasil ao candidato egípcio à Diretoria-Geral da UNESCO, em detrimento da candidatura - que então surgia - de um brasileiro. A eleição foi realizada e o candidato egípcio, apoiado pela diplomacia do Brasil, foi derrotado pela búlgara Irina Bokova que será a primeira mulher a dirigir a instituição. Irina Bokova é um remanescente da elite comunista búlgara, com uma formação intelectual e profissional esmerada, da qual se espera que faça a UNESCO voltar à normalidade, porque nos últimos anos a instituição foi muito mais atuante na ação política, estéril, do que em educação, ciência e cultura, a que deveria dedicar-se de acordo com seus objetivos constitutivos de agência especializada da ONU.
4. Tenho um amigo que é um cínico, na acepção filosófica do termo. Em sua última “tirada” de humor ele me afirmou que “de agora em diante só acreditarei em acidentes nas corridas de Fórmula I quando houver mortos e feridos – de preferência mortos... “
5. Estou lendo o livro “Escolas, Conhecimentos e Culturas”, de Adelia Maria Koff, que foi Gerente-Pedagógica do MOBRAL. A introdução é de Vera Maria Candau, uma educadora competente que se caracteriza por ser discreta como todos os bons profissionais e por isso não recebe as homenagens que merece pelo seu trabalho. Vera Candau faz uma defesa apaixonada da Escola como o espaço privilegiado do processo educativo – aquele, segundo ela, que permite que o mesmo se desenvolva em sua plenitude. Fez-me lembrar dos anos 60 e 70, quando Ivan Illich pontificou, de certa forma escandalizando os meios educacionais, ao advogar a desescolarização do ensino. Illich, assim como Piaget, foi meu colega no reduzido grupo de profissionais que a UNESCO convidou a escrever monografias para subsidiar os trabalhos da Comissão FAURE - que produziu a memorável obra “APRENDER A SER”. Brilhante, polêmico, Illich adorava “épater les bourgeois” e a mídia. Era um cético em relação à efetividade das instituições em geral.
6. O blog de Roberto Pimentel www.robertoapimentel.blogspot.com certamente proporcionará bons momentos de reflexão aos seus leitores, especialmente os interessados em ensino, voleibol, esportes e educação física em geral. Visitem e não se arrependerão...
7. A posição do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso sobre as drogas, visando proteger seus usuários, segue a lógica de sua omissão no combate ao tráfico quando era Governo. Foi nesse período que os traficantes fizeram o seu maior progresso e criaram espaços onde a Lei não entra. Fazer um lobby dessa importância, no fundo para evitar a indispensável repressão aos viciados, que financiam os traficantes, faz-nos crer que FHC desistiu de sua aspiração maior, de ser considerado um estadista – uma pretensão inatingível para um governante que nunca saiu do muro.
2. A receita para chegar lá começa com um sistema público de ensino fundamental de qualidade para toda população. Massificar a busca e o aproveitamento de talentos em todas as classes sociais, esse é o objetivo a perseguir. E isso o Brasil nem de longe faz. Nossa realidade é um sistema público que universalizou um ensino fundamental de quinta categoria, excluindo desde cedo pobres e remediados que o frequentam e destinando-os a um futuro medíocre com muita bolsa-família ou cotas enganadoras em Universidades que aqliás se deteriorarão a médio prazo. Quantos talentos o Brasil perde por essa odiosa discriminação !
3. Em texto deste blog intitulado “Brasil Não Sabe Votar”, postado em 26/05/2009, mencionei o apoio equivocado do Brasil ao candidato egípcio à Diretoria-Geral da UNESCO, em detrimento da candidatura - que então surgia - de um brasileiro. A eleição foi realizada e o candidato egípcio, apoiado pela diplomacia do Brasil, foi derrotado pela búlgara Irina Bokova que será a primeira mulher a dirigir a instituição. Irina Bokova é um remanescente da elite comunista búlgara, com uma formação intelectual e profissional esmerada, da qual se espera que faça a UNESCO voltar à normalidade, porque nos últimos anos a instituição foi muito mais atuante na ação política, estéril, do que em educação, ciência e cultura, a que deveria dedicar-se de acordo com seus objetivos constitutivos de agência especializada da ONU.
4. Tenho um amigo que é um cínico, na acepção filosófica do termo. Em sua última “tirada” de humor ele me afirmou que “de agora em diante só acreditarei em acidentes nas corridas de Fórmula I quando houver mortos e feridos – de preferência mortos... “
5. Estou lendo o livro “Escolas, Conhecimentos e Culturas”, de Adelia Maria Koff, que foi Gerente-Pedagógica do MOBRAL. A introdução é de Vera Maria Candau, uma educadora competente que se caracteriza por ser discreta como todos os bons profissionais e por isso não recebe as homenagens que merece pelo seu trabalho. Vera Candau faz uma defesa apaixonada da Escola como o espaço privilegiado do processo educativo – aquele, segundo ela, que permite que o mesmo se desenvolva em sua plenitude. Fez-me lembrar dos anos 60 e 70, quando Ivan Illich pontificou, de certa forma escandalizando os meios educacionais, ao advogar a desescolarização do ensino. Illich, assim como Piaget, foi meu colega no reduzido grupo de profissionais que a UNESCO convidou a escrever monografias para subsidiar os trabalhos da Comissão FAURE - que produziu a memorável obra “APRENDER A SER”. Brilhante, polêmico, Illich adorava “épater les bourgeois” e a mídia. Era um cético em relação à efetividade das instituições em geral.
6. O blog de Roberto Pimentel www.robertoapimentel.blogspot.com certamente proporcionará bons momentos de reflexão aos seus leitores, especialmente os interessados em ensino, voleibol, esportes e educação física em geral. Visitem e não se arrependerão...
7. A posição do ex-Presidente Fernando Henrique Cardoso sobre as drogas, visando proteger seus usuários, segue a lógica de sua omissão no combate ao tráfico quando era Governo. Foi nesse período que os traficantes fizeram o seu maior progresso e criaram espaços onde a Lei não entra. Fazer um lobby dessa importância, no fundo para evitar a indispensável repressão aos viciados, que financiam os traficantes, faz-nos crer que FHC desistiu de sua aspiração maior, de ser considerado um estadista – uma pretensão inatingível para um governante que nunca saiu do muro.
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18 de set. de 2009
ECONOMIA, FUTEBOL E POLÍTICA
1. A criação de 242.126 empregos com carteira assinada em agosto de 2009 merece comemoração. Não tanto do ponto de vista quantitativo, embora tenha superado o resultado do mesmo mês de 2008 (239.123). O problema é que somando os oito primeiro meses de 2009 foram gerados apenas 680.034 postos, muito menos que no mesmo período do ano anterior, quando o número chegou a 1.703.000 novos postos de trabalho.Mas promissora, sem dúvida, foi a distribuição setorial do saldo obtido agora , pois logo após os Serviços ( que abriu mais vagas: 85.568 ) segue-se a Indústria de Transformação com 66.564 novos postos (produtos alimentícios, com 22.614 empregos; indústria têxtil, com 9.238; calçados, com 8.974 e metalúrgica com 5.982 foram os destaques). Essa reação da indústria fortalece a esperança de um crescimento de PIB positivo ainda em 2009, pois seu peso é decisivo na economia brasileira. Restam muitos motivos de apreensão e reflexos negativos da crise. A queda de arrecadação de IPI (imposto sobre produtos industrializados), por exemplo, está batendo forte em pequenos Municípios, que vivem essencialmente do Fundo de Participação. Suas populações sofrem com a deterioração de serviços essenciais. E estão vindo por aí mais 7 mil vereadores para aumentar suas despesas ! Mas a mídia sonega essas notícias menos agradáveis e transpira um otimismo “chapa branca” irresponsável.
2. A política, tal como praticada no Brasil, é um evidente obstáculo ao progresso do País e à melhoria da qualidade de vida de seu povo. Trata-se, evidentemente, de um setor da vida nacional a necessitar urgentemente de reformas saneadoras profundas - que não chegam nunca. O que se faz é meramente cosmético e natural, pois os encarregados das reformas são exatamente...os políticos que estão no poder e pretendem continuar lá ! Caso se venha a conceber com seriedade tal reforma, tenho uma sugestão: a criação de uma instituição muito útil, existente na Austrália - o Partido de Apoio Político (PAP). Trata-se de um partido que tem filiados mas não tem candidatos próprios a qualquer cargo e que a cada eleição, de acordo com critérios bem claros, baseados na ética e nas melhores teorias de desenvolvimento econômico e social, apresenta uma lista de candidatos de outros partidos que - pela atuação pregressa e pelo programa de trabalho futuro - merecem o voto dos filiados do PAP. Uma inovação que cairia como uma luva para os muitos eleitores hoje sem rumo, desiludidos com as baixarias dos políticos brasileiros, em sua maioria viciados em práticas corruptas, inerentes ao sistema eleitoral adotado nos últimos anos. E também para os eleitores de direita que - segundo o Presidente Lulla anunciou alegremente - não terão candidato nas próximas eleições presidenciais. Uma pena, por duas razões: primeiro porque um País sem direita, ao contrário do que pensa "nosso guia", não é uma democracia completa; segundo, porque assim ficamos sabendo que Henrique Meirelles – a pessoa mais competente do Governo – não será candidato.
3. E por falar em reforma política, são tantas as atribulações a que estão submetidos os clubes de futebol no Brasil que depois de observá-los décadas, por dentro (no caso do Fluminense) e por fora (dando consultoria a entidades desportivas), tenho uma proposta para iniciar a indispensável reforma de costumes nesse meio totalmente conturbado: abandonar definitivamente o regime presidencialista nos clubes - que leva muitos incompetentes e desequilibrados ao poder absoluto - substituindo-o por outro em que a administração fosse posta nas mãos de um pequeno grupo de « notáveis » da agremiação (entre três e cinco membros), escolhidos pelo colégio eleitoral adotado em cada caso específico. De preferência, « notáveis » com talentos cobrindo os setores mais importantes da vida de um clube moderno : finanças; marketing ; gestão esportiva ; jurídico e relações com a comunidade de adeptos do clube.
4. Platini mostra que além de craque em campo é um excelente gestor esportivo. A UEFA barrará em seus torneios continentais os clubes que se endividarem irresponsavelmente. Está mais atento à conjuntura que as inertes autoridades financeiras internacionais.
5. O Lehman Brothers declarou falência já há um ano, desencadeando o colapso geral do sistema financeiro internacional. Acabaram a confiança e o crédito, paralisando o comércio internacional e decretando recessão nos países ricos. Os danos só foram sanados graças à resposta global e imediata de bancos centrais e governos, para evitar o pânico, estabilizar o sistema e permitir o regresso gradual à normalidade, com reforços de capital público aos bancos vulneráveis e crédito barato. Uma providência essencial, porém, ainda tarda: a regulação da atividade financeira internacional de forma que não violente o mercado mas impeça a repetição da crise. Por isso, voto em Platini para “regra três” de Bernanke, no Federal Reserve...
2. A política, tal como praticada no Brasil, é um evidente obstáculo ao progresso do País e à melhoria da qualidade de vida de seu povo. Trata-se, evidentemente, de um setor da vida nacional a necessitar urgentemente de reformas saneadoras profundas - que não chegam nunca. O que se faz é meramente cosmético e natural, pois os encarregados das reformas são exatamente...os políticos que estão no poder e pretendem continuar lá ! Caso se venha a conceber com seriedade tal reforma, tenho uma sugestão: a criação de uma instituição muito útil, existente na Austrália - o Partido de Apoio Político (PAP). Trata-se de um partido que tem filiados mas não tem candidatos próprios a qualquer cargo e que a cada eleição, de acordo com critérios bem claros, baseados na ética e nas melhores teorias de desenvolvimento econômico e social, apresenta uma lista de candidatos de outros partidos que - pela atuação pregressa e pelo programa de trabalho futuro - merecem o voto dos filiados do PAP. Uma inovação que cairia como uma luva para os muitos eleitores hoje sem rumo, desiludidos com as baixarias dos políticos brasileiros, em sua maioria viciados em práticas corruptas, inerentes ao sistema eleitoral adotado nos últimos anos. E também para os eleitores de direita que - segundo o Presidente Lulla anunciou alegremente - não terão candidato nas próximas eleições presidenciais. Uma pena, por duas razões: primeiro porque um País sem direita, ao contrário do que pensa "nosso guia", não é uma democracia completa; segundo, porque assim ficamos sabendo que Henrique Meirelles – a pessoa mais competente do Governo – não será candidato.
3. E por falar em reforma política, são tantas as atribulações a que estão submetidos os clubes de futebol no Brasil que depois de observá-los décadas, por dentro (no caso do Fluminense) e por fora (dando consultoria a entidades desportivas), tenho uma proposta para iniciar a indispensável reforma de costumes nesse meio totalmente conturbado: abandonar definitivamente o regime presidencialista nos clubes - que leva muitos incompetentes e desequilibrados ao poder absoluto - substituindo-o por outro em que a administração fosse posta nas mãos de um pequeno grupo de « notáveis » da agremiação (entre três e cinco membros), escolhidos pelo colégio eleitoral adotado em cada caso específico. De preferência, « notáveis » com talentos cobrindo os setores mais importantes da vida de um clube moderno : finanças; marketing ; gestão esportiva ; jurídico e relações com a comunidade de adeptos do clube.
4. Platini mostra que além de craque em campo é um excelente gestor esportivo. A UEFA barrará em seus torneios continentais os clubes que se endividarem irresponsavelmente. Está mais atento à conjuntura que as inertes autoridades financeiras internacionais.
5. O Lehman Brothers declarou falência já há um ano, desencadeando o colapso geral do sistema financeiro internacional. Acabaram a confiança e o crédito, paralisando o comércio internacional e decretando recessão nos países ricos. Os danos só foram sanados graças à resposta global e imediata de bancos centrais e governos, para evitar o pânico, estabilizar o sistema e permitir o regresso gradual à normalidade, com reforços de capital público aos bancos vulneráveis e crédito barato. Uma providência essencial, porém, ainda tarda: a regulação da atividade financeira internacional de forma que não violente o mercado mas impeça a repetição da crise. Por isso, voto em Platini para “regra três” de Bernanke, no Federal Reserve...
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12 de set. de 2009
La Rochefoucauld tinha razão...
1. Graças à publicação e divulgação deste blog tenho refeito o contacto com muitos amigos de outrora, afastados pelas contingências da vida. A esse propósito cabe a Máxima de La Rochefoucauld - que também se aplica às amizades: “A ausência diminui as paixões medíocres e aumenta as grandes, como o vento apaga as velas e ateia o fogo”.
2. A exemplo do ocorrido em outros países (como Alemanha, França, Portugal etc) a economia brasileira saiu da recessão técnica (dois trimestres seguidos de PIB negativo) e voltou crescer no segundo trimestre deste ano, com alta de 1,9% em relação ao trimestre anterior. O resultado do primeiro semestre ainda é negativo em 1,5% em relação a igual período do ano passado, ou seja, o PIB brasileiro ainda é menor do que era um ano atrás. A notícia boa é o desempenho da indústria, que apresentou crescimento de 2,1% no segundo trimestre. Além da indústria, o consumo das famílias também apresentou crescimento, contribuindo para o resultado positivo, mas crescimento sustentável só se obtém com investimento (e não com consumo) e nesse ponto não estamos bem.
3. André Vassarely, húngaro que morava na Vieira Souto e estudava no Mello e Souza (uma turma depois da minha), veio para o Brasil após o fim da guerra na Europa. Achava interessante que se jogasse voleibol em todos os recreios de nosso colégio e também houvesse muitas redes de praia em frente ao seu edifício. Uma de suas lembranças mais vívidas da infância, na Hungria invadida, eram os soldados soviéticos, com os braços cheios de relógios de pulso (“confiscados”), aproveitando os tempos disponíveis para jogar voleibol na rua, usando um barbante como "rede". Já era, antes da guerra, um esporte muito popular nos países do Leste Europeu, inclusive na Hungria. Assim se explica a hegemonia absoluta que os países da “Cortina de Ferro” mantiveram no voleibol durante as últimas décadas do século XX.
4. Sobre a vitória de nosso futebol contra a Argentina, li no DIÁRIO DE NOTÍCIAS de Portugal e reproduzo aqui, pois na nossa imprensa essa “notícia-gozação” não saiu: “o benfiquista Luisão abriu caminho ao triunfo através de um golpe de cabeça no coração da área, depois de ter sido deixado à vontade pelos defesas argentinos. Estava dada a resposta a Maradona, que antes do jogo havia dito que o gigante brasileiro mais parecia um basquetebolista.”
5. Nasci no lugar certo: Ipanema. Poucos da minha geração desfrutam desse raro privilégio - pois ali não havia maternidade nos anos 30. Nasci de parteira, em um quarto que ainda lá está, com duas janelas debruçadas sobre a rua, na Barão da Torre 193, entre Montenegro e Farme de Amoedo. E com essa credencial indiscutível quero agradecer e dar meus parabéns aos que demoliram aquele monumento à breguice que alguém colocou no Bar Vinte - certamente por ódio ao meu bairro tão chique.
Quando vi aquele monstro arquitetônico pela primeira vez, saí correndo à procura da Embaixada de Tuvalu mas não pude naturalizar-me tuvaluano porque teria que ir a Funafuti, sua Capital, correndo o risco de afogar-me - pois o País está afundando. Ainda bem, porque não suportaria deixar de ser ipanemense, principalmente agora, depois dessa demolição libertadora...
2. A exemplo do ocorrido em outros países (como Alemanha, França, Portugal etc) a economia brasileira saiu da recessão técnica (dois trimestres seguidos de PIB negativo) e voltou crescer no segundo trimestre deste ano, com alta de 1,9% em relação ao trimestre anterior. O resultado do primeiro semestre ainda é negativo em 1,5% em relação a igual período do ano passado, ou seja, o PIB brasileiro ainda é menor do que era um ano atrás. A notícia boa é o desempenho da indústria, que apresentou crescimento de 2,1% no segundo trimestre. Além da indústria, o consumo das famílias também apresentou crescimento, contribuindo para o resultado positivo, mas crescimento sustentável só se obtém com investimento (e não com consumo) e nesse ponto não estamos bem.
3. André Vassarely, húngaro que morava na Vieira Souto e estudava no Mello e Souza (uma turma depois da minha), veio para o Brasil após o fim da guerra na Europa. Achava interessante que se jogasse voleibol em todos os recreios de nosso colégio e também houvesse muitas redes de praia em frente ao seu edifício. Uma de suas lembranças mais vívidas da infância, na Hungria invadida, eram os soldados soviéticos, com os braços cheios de relógios de pulso (“confiscados”), aproveitando os tempos disponíveis para jogar voleibol na rua, usando um barbante como "rede". Já era, antes da guerra, um esporte muito popular nos países do Leste Europeu, inclusive na Hungria. Assim se explica a hegemonia absoluta que os países da “Cortina de Ferro” mantiveram no voleibol durante as últimas décadas do século XX.
4. Sobre a vitória de nosso futebol contra a Argentina, li no DIÁRIO DE NOTÍCIAS de Portugal e reproduzo aqui, pois na nossa imprensa essa “notícia-gozação” não saiu: “o benfiquista Luisão abriu caminho ao triunfo através de um golpe de cabeça no coração da área, depois de ter sido deixado à vontade pelos defesas argentinos. Estava dada a resposta a Maradona, que antes do jogo havia dito que o gigante brasileiro mais parecia um basquetebolista.”
5. Nasci no lugar certo: Ipanema. Poucos da minha geração desfrutam desse raro privilégio - pois ali não havia maternidade nos anos 30. Nasci de parteira, em um quarto que ainda lá está, com duas janelas debruçadas sobre a rua, na Barão da Torre 193, entre Montenegro e Farme de Amoedo. E com essa credencial indiscutível quero agradecer e dar meus parabéns aos que demoliram aquele monumento à breguice que alguém colocou no Bar Vinte - certamente por ódio ao meu bairro tão chique.
Quando vi aquele monstro arquitetônico pela primeira vez, saí correndo à procura da Embaixada de Tuvalu mas não pude naturalizar-me tuvaluano porque teria que ir a Funafuti, sua Capital, correndo o risco de afogar-me - pois o País está afundando. Ainda bem, porque não suportaria deixar de ser ipanemense, principalmente agora, depois dessa demolição libertadora...
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Voleibol e o Monstro do Bar Vinte
1 de set. de 2009
50 ANOS DEPOIS DO PAN DE CHICAGO
1. Setembro de 1959 – Cinquentenário do PAN de CHICAGO
· Tudo que eu queria naquele momento era alcançar o ônibus que nos levaria de volta à Universidade de Chicago - onde estávamos hospedados – e descansar... Eu o achei logo, estacionado em frente aos portões do Ginásio Desportivo do PROVISO High School, onde acabáramos de jogar a Final de Voleibol Masculino dos III JOGOS PAN-AMERICANOS de Chicago, perdendo na “negra” para a Seleção dos Estados Unidos. Talvez por causa da inesperada derrota para o Uruguai na COPA DO MUNDO DE FUTEBOL de 1950, medalha de prata era sinônimo de fracasso na distorcida cultura esportiva brasileira...
· Corpo moído, tiritando de frio, cabeça “a mil”, deitei-me no último banco. É difícil aceitar uma derrota assim, quando se tem 22 anos. Lá fora, a temperatura do verão de Chicago devia ser 35 graus centígrados, mas alguém me tocou e disse que eu estava com quase 40 de febre. Coisas do meu temperamento de jovem, mutável em poucos segundos. Febre nervosa, passageira. Incapacidade de entender que vitória e derrota são consequências naturais de viver e lutar. Esquecendo que no esporte, do lado adversário, existem pessoas que querem exatamente o mesmo que você. E que Medalha de Prata Pan-Americana era um privilégio... nunca uma vergonha...
· É tempo de lembrar meus bons companheiros de jornada, com muita saudade: os mineiros Urbano (falecido), Décio e Silvério; os paulistas Álvaro e Joel; os cariocas Atila , Roque, Quaresma, Sérgio Barcelos, Coqueiro, Alexandre Studart (falecido). Enfatizando que para todos nós, atletas amadores, defender a camisa brasileira era a glória suprema da carreira esportiva.
· Na final do Voleibol Feminino, disputada entre os mesmos protagonistas, as moças brasileiras venceram categoricamente as norte-americanas e conquistaram a medalha de ouro que nós, do masculino, comemoramos como nossas. As heroínas, com todas as honras, foram: as mineiras Lia de Freitas e Martha Miraglia; as paulistas Vera Trezoitko e Iriana; as cariocas Lílian Poetzcher, Norma Vaz, Lúcia Mendes de Moraes, Ingeborg Crause, Marina Celistre (falecida), Hilda Lassen, Maria Alice Ricciardi e Rosa Maria O`Shea (falecida).
· Disputada entre 27 de agosto e 7 de setembro de 1959, há exatamente 50 anos, a modalidade de voleibol dos Jogos Pan-Americanos tinha assim sua hegemonia dividida entre Brasil e Estados Unidos, com a vantagem de que arrancáramos esse “empate” no território norteamericano, com uma estrutura mínima de apoio: o Chefe da Delegação era José Gil Carneiro de Mendonça e os técnicos, com responsabilidade sobre as duas equipes, foram Samy Melinski e Adolpho Guilherme.
2. O que eu via naquela tarde, até então, como “a derrota da minha vida”, transformou-se com o tempo em uma recordação maravilhosa, sempre evocando episódios ricos em experiência e emoção. E foi importante para a evolução do nosso voleibol...
· Embora naquele momento a conquista de uma medalha de ouro e outra de prata no voleibol marcasse a melhor performance brasileira a nível internacional, tratava-se de um passo adiante em uma evolução iniciada desde quando nosso esporte assumiu um cunho mais popular no País. Portanto, neste momento de comemorar, tenho que agradecer – e muito – a todos aqueles que incentivaram, praticaram, dirigiram, treinaram equipes e apitaram voleibol antes que chegassse a minha vez. Sem esse trabalho anterior eu não estaria em Chicago, não teria minha medalha de prata, não viveria uma das grandes emoções de minha vida. As pessoas têm muita dificuldade de entender o desenrolar dos processos históricos, os conceitos de evolução e involução, as incongruências entre o dinâmico e instantâneo. Meus companheiros de Chicago e eu, temos muito do que nos orgulhar - pois colocamos nosso modesto tijolinho na construção dessa potência voleibolista que aí está - mas também devemos louvar e agradecer aos que nos precederam e tornaram viável nossa conquista.
· Pena que não possamos reunir o grupo remanescente de Chicago para comemorar a efeméride, pois muitos de nós não nos vemos há décadas e o reencontro talvez jamais se concretize. Mas estamos juntos de coração, sempre e para sempre, no amor ao voleibol e às cores brasileiras.
3. Mais um recorde alcançado pelo Brasil: é o primeiro colocado em mortes causadas pela Nova Gripe. Nunca antes na história deste País passamos os Estados Unidos com tanta facilidade...Foi só restringir a entrega do TAMIFLU (mesmo que vencido) e proibir sua venda, para alcançarmos a liderança. Creio que se o Brasil quisesse efetivamente ter um balanço dessa tragédia, dever-se-ia fazer uma pesquisa para saber quantas, dessas pessoas mortas pela H1N1, tomaram TAMIFLU (mesmo vencido) nas 48 primeiras horas depois de mostrar sintomas de gripe.
4. Quaisquer que sejam as cores desses cartões que os senadores mostram uns aos outros, nas austeras sessões do Congresso, uma coisa posso garantir: são cartões de crédito para eles e de débito para nós...
· Tudo que eu queria naquele momento era alcançar o ônibus que nos levaria de volta à Universidade de Chicago - onde estávamos hospedados – e descansar... Eu o achei logo, estacionado em frente aos portões do Ginásio Desportivo do PROVISO High School, onde acabáramos de jogar a Final de Voleibol Masculino dos III JOGOS PAN-AMERICANOS de Chicago, perdendo na “negra” para a Seleção dos Estados Unidos. Talvez por causa da inesperada derrota para o Uruguai na COPA DO MUNDO DE FUTEBOL de 1950, medalha de prata era sinônimo de fracasso na distorcida cultura esportiva brasileira...
· Corpo moído, tiritando de frio, cabeça “a mil”, deitei-me no último banco. É difícil aceitar uma derrota assim, quando se tem 22 anos. Lá fora, a temperatura do verão de Chicago devia ser 35 graus centígrados, mas alguém me tocou e disse que eu estava com quase 40 de febre. Coisas do meu temperamento de jovem, mutável em poucos segundos. Febre nervosa, passageira. Incapacidade de entender que vitória e derrota são consequências naturais de viver e lutar. Esquecendo que no esporte, do lado adversário, existem pessoas que querem exatamente o mesmo que você. E que Medalha de Prata Pan-Americana era um privilégio... nunca uma vergonha...
· É tempo de lembrar meus bons companheiros de jornada, com muita saudade: os mineiros Urbano (falecido), Décio e Silvério; os paulistas Álvaro e Joel; os cariocas Atila , Roque, Quaresma, Sérgio Barcelos, Coqueiro, Alexandre Studart (falecido). Enfatizando que para todos nós, atletas amadores, defender a camisa brasileira era a glória suprema da carreira esportiva.
· Na final do Voleibol Feminino, disputada entre os mesmos protagonistas, as moças brasileiras venceram categoricamente as norte-americanas e conquistaram a medalha de ouro que nós, do masculino, comemoramos como nossas. As heroínas, com todas as honras, foram: as mineiras Lia de Freitas e Martha Miraglia; as paulistas Vera Trezoitko e Iriana; as cariocas Lílian Poetzcher, Norma Vaz, Lúcia Mendes de Moraes, Ingeborg Crause, Marina Celistre (falecida), Hilda Lassen, Maria Alice Ricciardi e Rosa Maria O`Shea (falecida).
· Disputada entre 27 de agosto e 7 de setembro de 1959, há exatamente 50 anos, a modalidade de voleibol dos Jogos Pan-Americanos tinha assim sua hegemonia dividida entre Brasil e Estados Unidos, com a vantagem de que arrancáramos esse “empate” no território norteamericano, com uma estrutura mínima de apoio: o Chefe da Delegação era José Gil Carneiro de Mendonça e os técnicos, com responsabilidade sobre as duas equipes, foram Samy Melinski e Adolpho Guilherme.
2. O que eu via naquela tarde, até então, como “a derrota da minha vida”, transformou-se com o tempo em uma recordação maravilhosa, sempre evocando episódios ricos em experiência e emoção. E foi importante para a evolução do nosso voleibol...
· Embora naquele momento a conquista de uma medalha de ouro e outra de prata no voleibol marcasse a melhor performance brasileira a nível internacional, tratava-se de um passo adiante em uma evolução iniciada desde quando nosso esporte assumiu um cunho mais popular no País. Portanto, neste momento de comemorar, tenho que agradecer – e muito – a todos aqueles que incentivaram, praticaram, dirigiram, treinaram equipes e apitaram voleibol antes que chegassse a minha vez. Sem esse trabalho anterior eu não estaria em Chicago, não teria minha medalha de prata, não viveria uma das grandes emoções de minha vida. As pessoas têm muita dificuldade de entender o desenrolar dos processos históricos, os conceitos de evolução e involução, as incongruências entre o dinâmico e instantâneo. Meus companheiros de Chicago e eu, temos muito do que nos orgulhar - pois colocamos nosso modesto tijolinho na construção dessa potência voleibolista que aí está - mas também devemos louvar e agradecer aos que nos precederam e tornaram viável nossa conquista.
· Pena que não possamos reunir o grupo remanescente de Chicago para comemorar a efeméride, pois muitos de nós não nos vemos há décadas e o reencontro talvez jamais se concretize. Mas estamos juntos de coração, sempre e para sempre, no amor ao voleibol e às cores brasileiras.
3. Mais um recorde alcançado pelo Brasil: é o primeiro colocado em mortes causadas pela Nova Gripe. Nunca antes na história deste País passamos os Estados Unidos com tanta facilidade...Foi só restringir a entrega do TAMIFLU (mesmo que vencido) e proibir sua venda, para alcançarmos a liderança. Creio que se o Brasil quisesse efetivamente ter um balanço dessa tragédia, dever-se-ia fazer uma pesquisa para saber quantas, dessas pessoas mortas pela H1N1, tomaram TAMIFLU (mesmo vencido) nas 48 primeiras horas depois de mostrar sintomas de gripe.
4. Quaisquer que sejam as cores desses cartões que os senadores mostram uns aos outros, nas austeras sessões do Congresso, uma coisa posso garantir: são cartões de crédito para eles e de débito para nós...
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