Para enfrentar os tempos de crise, muitas empresas que atuam em Responsabilidade Social Corporativa (RSC) estão reduzindo acentuadamente suas ações nessa área. Em vez disso, poderiam repensar e reformular sua estratégia - e até certos aspectos conjunturais desse trabalho - pois a experiência mostra que nos projetos sociais geralmente se pode reduzir custos, preservando a essência de seus objetivos .
Exatamente agora, por força da crise, as pessoas, famílias e comunidades atendidas por esse tipo de projeto precisariam que essas ações continuassem e até crescessem. Muito a propósito, OECD, UNESCO e UNICEF – dentre outras organizações internacionais – alertaram para o fato de que se aproxima um colapso na já precária qualidade de vida dessas populações. A razão principal é que são elas as mais afetadas pelo crescimento do desemprego e da informalidade, impedindo-as de se beneficiarem desse seu bem potencial – às vezes o único disponível - o trabalho.
As empresas, neste momento, não podem furtar-se a uma cuidadosa reflexão antes de interromper, reduzir ou adiar as ações de RSC.
O Brasil, obviamente, não está imune ao problema do desemprego que é a face mais cruel das crises sociais O Cadastro Geral de Empregados e Desempregados - CAGED, processado pelo Ministério do Trabalho a partir das informações das empresas de todo o País, assinalou o fechamento de 101.748 vagas com carteira assinada em janeiro de 2009 — pior resultado desde 1996. É o terceiro mês seguido de redução da população empregada — em novembro, o País perdeu 40.820 vagas e em dezembro, 654.900. Em apenas um trimestre já perdemos 800 mil empregos e o futuro talvez ainda nos reserve surpresas mais desagradáveis no mercado de trabalho.
Vivi outras crises anteriormente, inclusive quando dirigia o MOBRAL (1973, por exemplo) e posso assegurar que sempre há uma saída, sempre é possível “otimizar” as perdas, fazendo uso de inovação e criatividade.
20 de fev. de 2009
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