1. Graças à publicação e divulgação deste blog tenho refeito o contacto com muitos amigos de outrora, afastados pelas contingências da vida. A esse propósito cabe a Máxima de La Rochefoucauld - que também se aplica às amizades: “A ausência diminui as paixões medíocres e aumenta as grandes, como o vento apaga as velas e ateia o fogo”.
2. A exemplo do ocorrido em outros países (como Alemanha, França, Portugal etc) a economia brasileira saiu da recessão técnica (dois trimestres seguidos de PIB negativo) e voltou crescer no segundo trimestre deste ano, com alta de 1,9% em relação ao trimestre anterior. O resultado do primeiro semestre ainda é negativo em 1,5% em relação a igual período do ano passado, ou seja, o PIB brasileiro ainda é menor do que era um ano atrás. A notícia boa é o desempenho da indústria, que apresentou crescimento de 2,1% no segundo trimestre. Além da indústria, o consumo das famílias também apresentou crescimento, contribuindo para o resultado positivo, mas crescimento sustentável só se obtém com investimento (e não com consumo) e nesse ponto não estamos bem.
3. André Vassarely, húngaro que morava na Vieira Souto e estudava no Mello e Souza (uma turma depois da minha), veio para o Brasil após o fim da guerra na Europa. Achava interessante que se jogasse voleibol em todos os recreios de nosso colégio e também houvesse muitas redes de praia em frente ao seu edifício. Uma de suas lembranças mais vívidas da infância, na Hungria invadida, eram os soldados soviéticos, com os braços cheios de relógios de pulso (“confiscados”), aproveitando os tempos disponíveis para jogar voleibol na rua, usando um barbante como "rede". Já era, antes da guerra, um esporte muito popular nos países do Leste Europeu, inclusive na Hungria. Assim se explica a hegemonia absoluta que os países da “Cortina de Ferro” mantiveram no voleibol durante as últimas décadas do século XX.
4. Sobre a vitória de nosso futebol contra a Argentina, li no DIÁRIO DE NOTÍCIAS de Portugal e reproduzo aqui, pois na nossa imprensa essa “notícia-gozação” não saiu: “o benfiquista Luisão abriu caminho ao triunfo através de um golpe de cabeça no coração da área, depois de ter sido deixado à vontade pelos defesas argentinos. Estava dada a resposta a Maradona, que antes do jogo havia dito que o gigante brasileiro mais parecia um basquetebolista.”
5. Nasci no lugar certo: Ipanema. Poucos da minha geração desfrutam desse raro privilégio - pois ali não havia maternidade nos anos 30. Nasci de parteira, em um quarto que ainda lá está, com duas janelas debruçadas sobre a rua, na Barão da Torre 193, entre Montenegro e Farme de Amoedo. E com essa credencial indiscutível quero agradecer e dar meus parabéns aos que demoliram aquele monumento à breguice que alguém colocou no Bar Vinte - certamente por ódio ao meu bairro tão chique.
Quando vi aquele monstro arquitetônico pela primeira vez, saí correndo à procura da Embaixada de Tuvalu mas não pude naturalizar-me tuvaluano porque teria que ir a Funafuti, sua Capital, correndo o risco de afogar-me - pois o País está afundando. Ainda bem, porque não suportaria deixar de ser ipanemense, principalmente agora, depois dessa demolição libertadora...
Mostrando postagens com marcador Voleibol e o Monstro do Bar Vinte. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Voleibol e o Monstro do Bar Vinte. Mostrar todas as postagens
12 de set. de 2009
Assinar:
Postagens (Atom)